Dirigido por um cineasta estreante do Cazaquistão, Lições de Harmonia foi o grande vencedor da 37ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O longa foi elogiado pelo público na competição Novos Diretores e acabou ganhando o Troféu Bandeira Paulista. Desse então ganhou o seu espaço no Júri Internacional por conta da repercussão e acabou sendo premiado como o melhor filme do festival
Cena de LIÇÕES DE HARMONIA (2013), de Emir Baigazin.
Formado na Academia Nacional de Artes do Cazaquistão, o jovem cineasta Emir Baigazin possui menos de 30 anos, tendo nascido em 1984. Em 2008, participou de um encontro de cineastas na Talent Campus, no Festival de Berlim.
Neste ano dirigiu o seu primeiro longa-metragem, Lições de Harmonia (Uroki Garmonii, Cazaquistão, 2013), filme esse que foi premiado no Festival de Berlim com o Urso de Prata de melhor contribuição artística. Tendo sido ainda premiado em muitos outros festivais, o filme agora se consagrou num dos principais do Brasil, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Confira cena de Lições de Harmonia.
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Lições de Harmonia conta a história do pequeno garoto Aslan que mora com a avó e estuda numa escola em um vilarejo do Cazaquistão. Depois de muitos absurdos feitos com ele, o garoto decide agir contra Bolat, o líder de uma gangue de sua escola que costuma envergonhar ele e muitos outros.
Cena de A JAULA DE OURO (2013), de Diego Quemada-Diez.
A menção honrosa do Júri Internacional ficou com A Jaula de Ouro (La Jaula de Oro, México, 2013), do cineasta mexicano Diego Quemada-Diez. No entanto, para a crítica que presenciou os filmes da mostra, o filme mexicano foi o melhor dentre os exibidos.
O prêmio especial da crítica, semelhante a menção honrosa do júri, foi dividido entre Lições de Harmonia e O Militante (El Lugar del Hijo, Uruguai/Argentina, 2013), de Manolo Nieto.
Confira o trailer de O Militante.
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O melhor documentário segundo o júri foi Plano Para a Paz (Plot for Peace, África do Sul, 2013), de Carlos Agulló e Mandy Jacobson. Esse mostra o fim do apartheid enquanto narra a história de Jean-Yves Olliver, conhecido como Monsieur Jacques, personagem importante na obtenção da paz que acabou com a segregação racial na África do Sul.
Confira o trailer de Plano Para a Paz.
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A menção honrosa de ficção do júri foi dada ao documentário Eu Vou Ser Assassinado (I Will Be Murdered, Espanha/Reino Unido, 2013), de Justin Webster. O documentário critica o grande número de homicídios que ocorreram na Guatemala através do caso absurdo ocorrido com o rico advogado Rodrigo Rosenberg Marzano em maio de 2009, quando ele gravou um vídeo profetizando que iria ser morto à pedido do presidente Álvaro Colom Caballeros, o que aconteceu dois dias depois. O vídeo foi parar no Youtube e quase derrubou o governo do país.
Confira o trailer de Eu Vou Ser Assassinado.
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Segundo o público, o melhor filme brasileiro de ficção que esteve na mostra foi Até que a Sbórnia nos Separe (Brasil, 2013). Dirigido por Ennio Torresan Jr. e Otto Guerra, a animação mostra como a vida dos personagens principais, Kraunus e Pletskaya, mudou quando o país onde moram, Sbórnia, foi modernizado pelos que estão ao seu redor após a queda do muro que os dividia.
Confira o trailer do brasileiro Até que a Sbórnia nos Separe.
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Já o melhor documentário brasileiro escolhido pelo público foi Outro Sertão (Brasil, 2013), dirigido por Adriana Jacobsen e Soraia Vilela, que relata a passagem de João Guimarães Rosa na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, onde foi cônsul-adjunto do Brasil. Lá, ele os judeus a fugir da perseguição, pois emitia mais vistos que o legalmente estipulado pelas autoridades. O documentário traz documentos e testemunho inéditos de judeus que vieram para o Brasil durante a guerra a mando de Guimarães Rosa.
Confira a lista completa de premiações.
PRÊMIO DO JÚRI
MELHOR FILME DE FICÇÃO:
Lições de Harmonia (Uroki Garmonii, Cazaquistão, 2013), de Emir Baigazin.
MENÇÃO HONROSA:
A Jaula de Ouro (La Jaula de Oro, México, 2013), de Diego Quemada-Diez.
MELHOR DOCUMENTÁRIO:
Plano Para a Paz (Plot for Peace, África do Sul, 2013), de Carlos Agulló e Mandy Jacobson.
MENÇÃO HONROSA:
Eu vou ser Assassinado (I will be Murdered, Espanha/Reino Unido, 2013), de Justin Webster.
PRÊMIO DO PÚBLICO
MELHOR FILME DE FICÇÃO BRASILEIRO:
Até que a Sbórnia nos Separe (Brasil, 2013), de Ennio Torresan Jr. e Otto Guerra.
MELHOR DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO:
Outro Sertão (Brasil, 2013), de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela.
MELHOR FILME DE FICÇÃO ESTRANGEIRO:
Pais e Filhos (Soshite chichi ni naru, Japão, 2013), de Hirokazu Koreeda.
MELHOR DOCUMENTÁRIO ESTRANGEIRO:
Plano Para a Paz (Plot for Peace, África do Sul, 2013), de Carlos Agulló e Mandy Jacobson.
PRÊMIO DA CRÍTICA
MELHOR FILME:
A Jaula de Ouro (La Jaula de Oro, México, 2013), de Diego Quemada-Diez.
PRÊMIO ESPECIAL:
Lições de Harmonia (Uroki Garmonii, Cazaquistão, 2013), de Emir Baigazin
O Militante (El Lugar del Hijo, Uruguai/Argentina, 2013), de Manolo Nieto.
PRÊMIO DA ABRACCINE
MELHOR FILME BRASILEIRO:
Riocorrente (Brasil, 2013), de Paulo Sacramento.
PRÊMIO DA JUVENTUDE
MELHOR FILME ESTRANGEIRO:
Vai, Eddy! (Allez, Eddy!, Bélgica, 2012), de Gert Embrechts.
MELHOR FILME BRASILEIRO:
O Menino e o Mundo (Brasil, 2013), de Alê Abreu.
Confira o trailer de A Jaula de Ouro.
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